sábado, 2 de março de 2013

O activismo às ondas

Depois de ter surgido novamente a polémica sobre as taxas do ICNF no plenário da Assembleia da República pela mão do Bloco de Esquerda, do Partido Comunista Português e do Partido Ecologista 'Os Verdes', o assunto das taxas volta a cair no esquecimento derivado da resposta que teve por parte dos partidos da maioria e por parte do próprio governo. O pai desta aberração utilizou o debate para atacar o governo sem apresentar qualquer alternativa, seja inteligente ou não, pois simplesmente está ainda demasiado embaraçado com a grande aberração que criou que é incapaz de dizer qualquer coisa de útil que não venha a cheirar a porcaria em decomposição...

Nos dias que antecederam o debate e nos quais de teve conhecimento das propostas apresentadas, lá se levantaram alguns ânimos mais exaltados como se tivessem acordado da letargia social e cívica no qual o país parece mergulhado. Este tipo de contestação é cíclica e bem representada num gráfico daria uma bela onda sinusoidal. É o que eu chamo de activismo às ondas!

A verdade é que o problema das taxas está para ser resolvido vai já para dois anos e por este andar não o vejo a ser resolvido antes do Verão. Para os mais distraídos, isto parece-me de propósito apresar de o governo referir que o atraso se deve à junção 'das florestas com o ambiente'. Num mundo comercial privado já há muito tempo que estes gestores teria sido postos no olho da rua por não serem uma mais valia para os seus patrões. No caso em questão, como os patrões são os cidadãos deste país, o processo arrasta-se indefinidamente e sem fim à vista. Curiosamente, as mesmas pessoas se fossem agora trabalhar para o mundo privado teriam um desempenho que jamais se pareceria com o desempenho que têm nesta altura na função pública.

Com o arrastar do processo, a verdade é que muitos que percorrem as nossas áreas protegidas se encontram como que a salto, fugindo de uma PIDE vestida de verde e uma outra vestida de azul que os persegue sequiosa de multas e coimas, mas que no fundo só se sente com uma falsa sensação de poder devido à farda que vestem. No limite, não honrarão aquilo que representam!

Parece-me pertinente que este mês que nos trará a Primavera, represente o limite do aceitável para que o governo legisle sobre o assunto. Já chega de desculpas sem sentido relacionada com a junção de serviços. Trabalhem, pois caso contrário não falta por aí gente que o queira fazer...

Fotografia © Rui C. Barbosa

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